O mundo de Sabrina D’Ávilla é um luxuoso sucesso nas redes sociais. Com 100 mil seguidores no Instagram, ela esbanja saúde em vídeos na academia, mostra poses sensuais com biquínis e roupas decotadas e aparece maquiada como uma estrela de cinema.
Ela também dá dicas motivacionais: “A gente não sabe se vai estar aqui amanhã. Então, pro resto da minha vida, o hoje vai ser o dia mais importante”, disse numa de suas gravação.
Sabrina ainda publica vídeos cantando música romântica, sertaneja e até hits de teor gospel, como a canção “Me Deixe Aqui”, da dupla Preto no Branco, que diz: “Me deixa entrar e ficar bem de perto. Eu só preciso olhar teu sorriso”.
PRISÃO
No entanto, Sabrina foi presa nesta terça-feira (9) por “entrar e ficar bem de perto” de caixas eletrônicos em agências bancárias. Segundo investigação da Policia Civil de Mogi das Cruzes, suspeita-se que ela lidere quadrilha que furta dinheiro e aplica golpes em clientes de bancos.
Ela é apontada como líder do grupo formado por pessoas da própria família, que aplicava golpes em bancos de cidades do Alto Tietê, Baixada Santista, capital e até no Vale do Paraíba.
O grupo é formado por dois irmãos e uma cunhada da influenciadora, todos detidos pela Polícia Civil durante a operação Saque Fácil. Eles foram detidos em Suzano usando as mesmas roupas quando flagrados pelas câmeras de segurança do banco. O grupo vai responder por associação criminosa e furto qualificado.
OSTENTAÇÃO
Os parentes da influenciadora também têm vida de ostentação nas redes sociais: frequentam academias, mostram boa forma e curtem viagens e noitadas. Segundo a investigação, os gastos são incompatíveis com a renda declarada.
As investigações começaram em um caso de estelionato no caixa eletrônico de uma agência bancária de Suzano, em 14 de outubro de 2023. No entanto, segundo a polícia, a quadrilha já era acompanhada há mais tempo, sendo que os crimes eram cometidos em todo o estado de São Paulo.
De acordo com o SIG (Setor de Investigações Gerais) de Mogi das Cruzes, a quadrilha agia aos finais de semana ou em horários de pouco movimento nas agências, para que os funcionários não notassem as ações criminosas e não conseguissem ajudar as vítimas.
As vítimas eram abordadas no momento em que iam sacar dinheiro no caixa eletrônico. Cada suspeito tinha uma função na quadrilha. Por ser a mais articulada, Sabrina geralmente era quem distraia e ajudava as vítimas, enquanto os outros colocavam e retiravam uma espécie de régua na boca do caixa eletrônico para retirar o dinheiro dos saques.
Nos últimos meses, segundo a Polícia Civil, a quadrilha conseguiu furtar cerca de R$ 10 mil em um único banco, além de acumular R$ 25 mil em golpes.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo confirmou que dois homens, de 29 e 54 anos, juntamente com duas mulheres, de 36 e 41 anos, foram detidos. Junto ao grupo, foram apreendidos cinco celulares. O caso foi registrado pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.