O comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, disse que qualquer militar que tenha infringido a disciplina da Aeronáutica deverá ser punido.
“Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização”, declarou Damasceno em entrevista ao jornal O Globo.
Damasceno defende uma “investigação completa” sobre a suposta participação de militares na tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Na 5ª feira (8.fev), a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Tempus Veritatis, que investiga um grupo que atuava para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Presidência em 2022.
Segundo o comandante da FAB, até o momento, nenhum militar da Aeronáutica foi identificado como participante de uma suposta tentativa de golpe de Estado e no 8 de Janeiro. Ele também disse que não tinha conhecimento da reunião de Bolsonaro com integrantes do então governo em 5 de julho de 2022.
Um dos participantes foi o comandante do Exército à época, Marco Antônio Freire.
No encontro, o ex-presidente orientou ministros e integrantes do governo a endossar os ataques às urnas eletrônicas e também insinuou que a Corte Eleitoral teria recebido dinheiro para fraudar as eleições.
“Não tivemos informação nenhuma a respeito disso. Não sabia do que acontecia dentro do Palácio. A Força Aérea foi profissional, focada na sua missão”, disse Damasceno.