Ao menos 24 unidades escolares e 12 de saúde não abriram as portas nesta terça-feira (24), na zona oeste do Rio de Janeiro, região onde ocorreram os ataques a mais de 30 ônibus e um trem nesta segunda-feira (23).
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, além das unidades de atenção primária fachadas, 16 suspenderam as visitas domiciliares, devido a barricadas colocadas nas ruas e a ameaças aos profissionais. Cerca de 7.000 pacientes ficaram sem atendimento durante a manhã.
Já o fechamento das escolas da rede municipal, com atendimento remoto, afetou 10.536 alunos, segundo a Secretaria de Educação. No caso das unidades estaduais, não houve suspensão das aulas, mas foi registrada uma baixa adesão.
Estações de trem bloqueadas no ramal Santa Cruz. Na tarde desta terça-feira (24), ao menos seis estações do ramal de Santa Cruz também foram bloqueadas para o embarque e o desembarque de passageiros. A SuperVia, que administra o serviço, alegou manutenção emergencial na via.
O clima é tenso na zona oeste desde esta segunda, devido aos atos de vandalismo orquestrados pela milícia que atua na região, após a morte do número 2 na hierarquia do grupo durante uma operação policial.
O corpo de Matheus Rezende, mais conhecido como Faustão, foi enterrado por volta das 14h no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, também na zona oeste.
O criminoso era sobrinho de Zinho, um dos homens mais procurados no estado, e apontado como responsável pela união de traficantes e milicianos, que formou as narcomilícias.