O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu que deputados e senadores não mudem a discussão de temas previstos na agenda em Brasília para abarcar a investigação das invasões de 8 de janeiro.
Ao SBT News, nesta 3ª feira (17.jan), Randolfe disse que não se pode ficar atrás de golpistas, mas que é preciso avançar em pautas relevantes para o país.
"Temos que tocar o mundo e deixar o departamento do terror e golpista sob encargo da polícia. O país inteiro está a ser construído em várias áreas", declarou o senador. "Não mudar agenda do Congresso para cuidar de golpistas e terroristas, eles têm de ser enfrentados pela polícia", enfatizou em outro momento.
As afirmações de Randolfe vêm em um período de divisão dentro do próprio governo a respeito da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas. Com pedidos protocolados na Câmara e no Senado, e, no entendimento de Randolfe de facilidade para coleta de todas as assinaturas necessárias, o líder afasta a intenção em levar o tema adiante por parte do governo Lula.
Em entrevista ao programa Poder Expresso, o senador também destacou avanços divulgados por parte do Ministério da Justiça, como a quantidade de manifestantes que participaram dos atos e que estão presos e o avanço das investigações para apurar os patrocinadores das invasões.
"Este nível já se encontra bem avançado", destacou. Randolfe apontou que, agora, a intenção é encontrar os mentores da "articulação para execução de um golpe de estado", como definiu as ações em Brasília do início do mês.
Apoio a Rodrigo Pacheco
Randolfe também defendeu a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado, e classificou que a falta de apoio para o senador estaria alinhada a um flerte com golpistas. Para tanto, o líder do governo atribuiu a Pacheco a estabilidade democrática nos últimos meses.
"A recondução do presidente no Senado é um imperativo democrático. Nós não tivemos ruptura nesses últimos anos graças, e muito, à condução e atuação do presidente Rodrigo Pacheco", concluiu.