Para assumir a pasta do Planejamento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) fez exigências ao governo de transição. Em busca de mais espaço na decisões da Esplanada, Tebet pediu, por exemplo, para que a pasta gerenciasse o PPI Programa de Parcerias de Investimento e também os bancos públicos.
O PPI representa uma das formas de interação entre Estado e iniciativa privada, por meio de contratos e medidas de desestatização. Hoje ele está vinculado ao Ministério da Economia e no futuro governo, deve ficar sob o guarda-chuva do Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad.
Falta de entendimento
Nos últimos dias, o nome de Tebet foi ventilado para diferentes pastas. Uma delas foi Meio Ambiente, mas, após manifestação da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), a senadora foi descartada para o cargo. Tebet também teria recusado convite para assumir o Turismo.
A falta de entendimento sobre o futuro da senadora tem provocado insatisfações em integrantes MDB, que consideraram que a indefinição sobre a pasta destinada a ela é um "desrespeito". Tebet foi a terceira presidencial mais votada e seu apoio foi importante para o segundo turno de Lula.