Além de Bolsonaro, o general Braga Netto (PL), que foi vice na chapa do presidente à reeleição, também é mencionado nas ações | Agência Brasil
O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por supostos crimes eleitorais. A decisão, divulgada na 4ª feira (14.dez), atende dois pedidos protocolados pela coligação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas ações, os partidos alegam que Bolsonaro praticou atos contra o sistema eleitoral, provocando a insegurança e descrença da população no pleito. As siglas também acusam o atual mandatário de usar a máquina pública para conceder benefícios financeiros durante o período eleitoral, "com o claro intuito de angariar votos". São citados, por exemplo, a antecipação do Auxílio Brasil e a aprovação do Auxílio Caminhoneiro.
"Os fatos narrados se amoldam, em tese, ao uso indevido de meios de comunicação e ao abuso de poder político, especialmente consideradas as balizas fixadas pelo TSE para a apuração desses ilícitos", disse Gonçalves. "Narra-se, portanto, que teria havido desvio de finalidade no exercício do cargo público", completou o ministro.
Além de Bolsonaro, são mencionados nas ações o general Braga Netto (PL), que foi vice na chapa do presidente à reeleição, o senador Flávio Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), a deputada Bia Kicis (PL), o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL), a deputada Carla Zambelli (PL), o deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL) e o senador eleito Magno Malta (PL). Todos terão até cinco dias para apresentar a defesa.