O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fechou acordo e adiou para esta quinta-feira (30) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição. O adiamento contou com o apoio do senador Flávio Bolsonaro, líder do PL e filho do presidente Jair Bolsonaro.
Pacheco chegou a levar a PEC ao plenário na quarta (29), mas a oposição disse que precisava analisar o alcance do estado de emergência nacional previsto na proposta para viabilizar a concessão dos benefícios sem sanções da Lei Eleitoral a Bolsonaro. Com o adiamento, o prazo para a apresentação de emendas será reaberto.
O relator da PEC, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que vai tirar do texto um trecho que causou dúvidas sobre o alcance do estado de emergência. “A não aplicação de qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza”, dizia o trecho, criticado pela oposição, que agora deve ser suprimido por Bezerra.
Eleição
A menos de 100 dias das eleições, o Legislativo e o Palácio do Planalto estão agindo para ampliar ainda mais o "pacote do desespero", como foi apelidado nos bastidores por técnicos as medidas que estão sendo adotadas para fazer frente à alta dos preços dos combustíveis.