A pouco menos de dois meses para o governador João Doria (PSDB) passar o cargo para seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), aliados do pré-candidato tucano à Presidência agem para que a campanha de ambos seja “casada” em São Paulo. Enquanto Doria encontra dificuldades para atrair apoios partidários, enfrenta uma dissidência aberta no próprio partido e tem um alto índice de rejeição no Estado, Garcia, que vai disputar o Palácio dos Bandeirantes, está em uma situação confortável. O vice já fechou um amplo arco de alianças, inclusive com partidos da base do presidente Jair Bolsonaro, e tem o PSDB unificado em torno do seu nome.
Pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada em dezembro passado, mostra que a gestão de Doria é rejeitada por 38% dos entrevistados no Estado, aprovada por 24% e considerada “regular” por 37%. Esses números servem de munição para seus adversários internos, que se movimentam para desidratar a candidatura do governador paulista.
Em conversas reservadas, tucanos lembram que, em 2018, o próprio Doria ignorou Geraldo Alckmin, então candidato à Presidência, em sua campanha para governador. Agora, corre o sério risco de enfrentar problema similar. E rivais de Garcia já agem para “colar” a rejeição do atual governador no seu vice.
Fonte: ESTADÃO