Ao lado da mãe, seu vice, do vice governador de SP, militantes e simpatizantes, Anderson Farias comemora sua reeleição em uma noite marcada por umas disputa que colocava em cheque o futuro da cidade.
Anderson Farias (PSD) foi reeleito prefeito de São José dos Campos para os próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2025. A vitória foi em segundo turno, com a votação neste domingo (27).
Com 100% das urnas apuradas, Anderson teve 196.462 votos e 58,26% dos válidos, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Eduardo Cury (PL) ficou em segundo, com mais de 140.775 votos e 41,74% dos válidos.
No primeiro turno, Anderson teve 145.061 votos (39,66%) contra 94.947 votos de Cury (25,96%).
Anderson venceu uma das eleições mais disputadas e acirradas da história da cidade, a primeira a ir para o segundo turno em 28 anos, desde 1996.
Foi a primeira vez também que ele encabeçou a chapa, tendo sido eleito vice-prefeito na chapa de Felício Ramuth (PSD), na eleição de 2020. Felício deixou a prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo em 2022. Anderson assumiu a cadeira de prefeito a partir de abril daquele ano.
A eleição foi marcada por ataques entre as campanhas de Anderson e Cury, que fizeram parte do mesmo grupo do PSDB por cerca de 30 anos. A ruptura começou quando Felício e Anderson trocaram o partido pelo PSD, para depois Felício sair da prefeitura e disputar o governo do estado como vice na chapa com Tarcísio de Freitas.
Cury e Emanuel Fernandes, então as principais lideranças do PSDB em São José, disseram que foram traídos por Felicio e Anderson. A acusação apareceu durante a campanha, com Cury fazendo duras críticas a Anderson, apontado pelo candidato do PL como caloteiro e sem qualificação para gerir a cidade.
Anderson reagiu chamando Cury de mentiroso e de destemperado. Ambos trocaram ataques pelas redes sociais e no último debate da campanha, na sexta-feira (25), na TV Vanguarda. O encontro chegou a ser interrompido por causa de bate-boca entre os candidatos.
Antes de votar neste domingo, Anderson disse que vai governar para todos, que vai conversar com a nova composição política da Câmara e que não pretende, ao menos por enquanto, fazer alterações no secretariado, o que pode mudar até a posse no próximo ano.