O economista da Fundcorp, Roberto Geretto, disse que a candidatura de Massa torna "menos provável uma ruptura com o FMI ou uma radicalização da política econômica no curto prazo" e sinalizou uma "perda de poder" para a ala populista da vice-presidente.
Outros analistas, no entanto, disseram que isso poderá adicionar uma dimensão política extra às negociações em andamento entre a Argentina e o FMI para acelerar os desembolsos do credor e facilitar as metas econômicas vinculadas ao acordo.
Massa tem liderado as negociações do país na esperança de chegar a um acordo nesta semana. "É melhor negociar com um ministro do que com um candidato", disse Héctor Torres, ex-representante argentino do FMI.
"É mais previsível que o ministro esteja pronto para cumprir os compromissos do que um candidato, cuja intenção é ganhar as eleições e coloca isso acima de tudo", acrescentou Torres.
Outros disseram que será um ato de equilíbrio complicado para Massa como ministro da Economia e candidato, já que ele luta contra a inflação de 114%, reservas internacionais em queda e a pressão para realizar gastos com níveis de pobreza em torno de 40%.