No norte de Portugal, um piloto morreu após a queda de avião que ajudava no combate aos incêndios na região de Foz Côa, perto da fronteira espanhola.Turistas na praia de Torremolinos viram grandes nuvens de fumaça subindo nas colinas, onde várias aeronaves combatem o incêndio. Ashley Baker, um britânico que vive em Mijas, no sul da Espanha, disse à BBC que o fogo parecia mais ameaçador na sexta-feira (15/7), mas desde então o vento afastou as chamas de sua região.
Aviões têm sido usados para espalhar uma substância retardadora de fogo, enquanto helicópteros se deslocam pela costa, coletando água do mar para apagar os focos de incêndio. "Há cerca de 40 casas em nossa área, todos estavam muito nervosos, do lado de fora ou nas varandas assistindo", disse Baker. "Mesmo agora há incêndios no topo das montanhas. O fogo se afastou daqui, estou muito aliviado. Quando você mora nas colinas, é muito assustador."
Enquanto isso, perto da costa atlântica no sudoeste da França, um morador local descreveu os incêndios florestais como "pós-apocalípticos". "Nunca vi isso antes", disse Karyn, que mora perto de Teste-de-Buch, à agência de notícias AFP.
O incêndio ali e outro ao sul de Bordeaux devastaram quase 10 mil hectares (100 quilômetros quadrados ou cerca de 10 mil campos de futebol). Aproximadamente 3 mil bombeiros estão combatendo as chamas. Christophe Nader e seu genro estão agora em um abrigo perto de La Teste-de-Buch, após serem forçados a abandonar sua casa na aldeia de Cazaux levando apenas as roupas do corpo.
Centenas de outras pessoas da zona de perigo também estão no abrigo temporário, que oferece leitos aos desabrigados. Resgates de animais estão sendo organizados, mas é um processo lento, segundo informações de Jessica Parker, da BBC.
"Tudo foi tão rápido — o fogo também foi enorme, enorme", disse Manon Jacquart, 27, à BBC. Ela foi evacuada da área de acampamento em que trabalha na manhã de quarta-feira (13/7) e está dormindo em um abrigo perto de La Teste-de-Buch, na costa oeste da França.