O temor de recessão generalizada aprofundava o mergulho dos mercados de ações e forçava para baixo o preço do petróleo nesta terça-feira (5), contrariando expectativas de alta devido às pressões inflacionárias que a guerra na Ucrânia impõe sobre a matéria-prima. Em resposta ao risco, investidores buscavam ativos ligados ao dólar, provocando forte valorização da moeda americana. No mercado de câmbio do Brasil, às 12h45, a divisa estrangeira subia 1,29%, a R$ 5,3940. Mais cedo, havia alcançado R$ 5,4040, na cotação máxima do dia.
Se mantido nesse patamar até o fim das negociações, o dólar terá a sua maior cotação desde o final de janeiro. No mercado de ações doméstico, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores, recuava 2,03%, a 96.499 pontos, acompanhando o clima negativo do exterior. As taxas de juros dos contratos DI (Depósitos Interbancários) de curto prazo voltaram a apontar para o alto pelo segundo dia consecutivo, após uma trégua na semana passada. Negociada entre bancos, a taxa DI sobe quando o setor espera que o Banco Central será obrigado a aumentar os juros básicos (Selic) para segurar a inflação. Na Bolsa de Nova York, o indicador S&P 500 perdia 1,75%. Dow Jones e Nasdaq caíam 1,91% e 1,75%, respectivamente.