A China "lutará até o fim" para impedir que Taiwan declare sua independência, afirmou neste domingo (12) o ministro da Defesa do país, Wei Fenghe, em um momento de escalada das tensões com o governo dos Estados Unidos sobre a ilha --que na prática tem autonomia, mas não tem reconhecimento internacional e é reivindicada por Pequim como parte de seu território.
As frequentes incursões aéreas de caças chineses próximo a Taiwan alimentam as tensões, e, no sábado (11) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, acusou a China de sustentar atividade militar "provocativa e desestabilizadora" na região. Os discursos dos dois lados foram dados em Singapura, durante o Shangri-lá Dialogue, principal cúpula de segurança da Ásia, que neste ano reuniu 575 delegados de 40 países, incluindo diplomatas, oficiais de defesa e fabricantes de armas. Wei e Austin aproveitaram o encontro e se reuniram pela primeira vez na sexta-feira (10), onde reiteraram as posições de seus países sobre a questão taiwanesa.
Neste domingo, o primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, respondeu às declarações do ministro chinês em Singapura e afirmou que o país não quer fechar as portas para a China e está disposta a dialogar, mas em igualdade de condições. "Enquanto houver igualdade, reciprocidade e sem pré-condições políticas, estamos dispostos a nos engajar em boa vontade com a China", disse.