O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou na tarde de domingo (15.mai) sobre o ataque de cunho racista na cidade de Buffalo, no estado de Nova York. Ele descreveu o crime, que deixou dez mortos e três feridos, como um "ato de terrorismo doméstico" e afirmou que o ódio continua sendo uma mancha na alma da América.
"Um atirador solitário, equipado com armas de guerra e a alma repleta de ódio, matou dez pessoas inocentes a sangue frio. Nós devemos trabalhar juntos para combater o ódio que continua sendo uma mancha na alma da América", disse o presidente. "Jill (primeira-dama) e eu rezamos pelas vítimas, suas famílias e comunidade", acrescentou.
O agressor, que se entregou assim que a polícia chegou, foi detido e acusado de "morte com premeditação". Durante o ataque, ele usava colete à prova de balas, roupas do tipo militar e um capacete equipado com uma câmara para transmitir o crime ao vivo pela internet. Das vítimas, onze eram afro-americanas.
Segundo os policiais, o jovem de 18 anos teria se inspirado em atos de supremacia branca, como o assassinato de 51 muçulmanos em mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch, em 2019. O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) informou que o caso está sendo investigado como "crime de ódio" e "violência extremista de motivação racial".