Minutos após prestar juramento no Congresso Nacional argentino e fazer o seu primeiro discurso, Javier Milei entrou em um carro conversível para se dirigir à Casa Rosada. Durante a viagem, feita a bordo de um Mercedes-Benz CLK Cabriolet, um homem que estava na multidão jogou uma garrafa de vidro na direção do presidente eleito.
O objeto chegou a passar próximo à cabeça de Milei, que estava acompanhado de sua irmã, Karina, no momento do incidente. A maior parte das testemunhas não notou o ocorrido, mas usuários das redes sociais chamaram a atenção para o ataque. Posteriormente, foi divulgada a imagem de um dos seguranças, que ficou ferido.
O guarda, conforme publicado pelo La Nación, precisou ser afastado enquanto a caravana seguia seu trajeto de pouco mais de 2 km. A vítima sofreu um corte leve e foi atendida pelos médicos na própria Casa Rosada. Agora, o caso está sendo investigado pela Polícia Federal Argentina (PFA), de acordo com informações obtidas pelo jornal.
Agressor é identificado
O argentino Gastón Mercanzini, de 51 anos, foi identificado como o agressor que arremessou a garrafa de vidro. Ainda neste domingo, ele foi apontado pelos presentes como a pessoa responsável pela agressão, e foi detido pelo Departamento de Intervenções Rápidas, que estava em serviço durante a cerimônia de posse.
Plano de Milei na Argentina: Dolarização no Panamá tem protagonismo dos bancos e desafios sociais. Na ocasião, porém, como não havia elementos constitutivos de crime entre seus pertences, e nenhum dos presentes fez qualquer denúncia, as autoridades consultaram o sistema de antecedentes. Sem registros de impedimentos legais vigentes, ele foi liberado.
Mercanzini possui antecedentes por dano agravado, tendo sido detido em 5 de julho deste ano. Ele recuperou a liberdade nas últimas semanas. As informações sobre ele foram enviadas ao Juizado Criminal e Correcional Federal Nº 12, que investiga o caso.
No X (antigo Twitter), Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, disse que conversou com o juiz Ariel Lijo, responsável pelo caso, “para uma investigação rápida sobre a agressão sofrida ontem pelo presente da Nação, que feriu o subcomissário Guillermo Armentano, membro da segurança presidencial da Polícia Federal”.
Milei pediu para cumprimentar o público.
Minutos após o ocorrido, Milei pediu para parar o conversível e falar com as pessoas. Os guarda-costas correram atrás dele e o cercaram, permitindo que ele se aproximasse para cumprimentar alguns dos manifestantes. A cena se repetiu quando ele chegou ao destino e desceu para ver um cachorro que se afastou de sua tutora.
Ao chegar à Casa Rosada, Milei recebeu líderes de todo o mundo, como os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; do Paraguai, Santiago Peña; do Chile, Gabriel Boric; do Uruguai, Luis Lacalle Pou; e do Equador, Daniel Novoa. Também estiveram presentes o rei da Espanha, Felipe VI, o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi representado pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira.
Seis horas após receber os atributos de mando, os nove ministros e o chefe de Gabinete, Nicolás Posse, prestaram juramento em uma cerimônia no Salão Branco da Casa Rosada. O evento foi cercado de polêmica, já que a transmissão foi feita por sistema fechado e não foi permitida a entrada de jornalistas credenciados.