Passados oito meses de seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) tem sua aprovação estável, mas viu a reprovação subir. Consideram o petista bom ou ótimo 38%, enquanto 30% o acham regular e 31%, ruim ou péssimo.
O dado foi aferido pela mais recente pesquisa acerca do governo Lula 3 feita pelo Datafolha, que havia tomado o mesmo pulso nos primeiros três e cinco meses de gestão. Foram ouvidas 2.016 pessoas em 139 cidades na terça (12) e quarta (13). A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos, não souberam opinar 2% dos ouvidos.
O único índice que oscilou acima da margem de erro em relação ao levantamento de junho passado, levando em conta que números iguais nos limites superior e inferior delas não configuram empate, foi a reprovação, que era então de 27%.
Sob o ângulo mais negativo da pesquisa para o petista, além do aumento da reprovação, há a confirmação do desgaste que trouxe sua volta ao poder, em uma eleição ganha por 1,8 ponto percentual contra Bolsonaro no segundo turno em 2022.
Lula tem a maior reprovação entre governantes eleitos para um primeiro termo a essa altura do mandato, salvo a de Bolsonaro numa diferença ante as duas rodadas anteriores, o petista se descolou no quesito do antecessor. Outro dado ruim para Lula na atual pesquisa é a expectativa acerca de seu governo. Acham que ele será ótimo ou bom no futuro 43%, ante 50% que achavam isso em março.
São dados um pouco melhores do que os registrados por Bolsonaro no mesmo momento do relógio que marca o mandato: 11%, 62% e 21%, respectivamente. Mas vale lembrar que o atual presidente em exercício não esta enfrentando uma "pandemia".
Lula tem maior percentual de avaliação positiva entre:
- Pessoas da região Nordeste (49%, 26% dos entrevistados)
- Menos instruídas (53%, 28% dos entrevistados)
- Mais pobres (43%, 51% dos entrevistados).
Governo tem maior percentual de avaliação negativa entre:
- Pessoas região Sul (39%, 14% dos entrevistados)
- Escolarizadas (39%, 22% dos entrevistados)
- Aqueles que ganham de 5 a 10 salários mínimos (44%, 8% dos entrevistados)
- Evangélicos (41%, 28% dos entrevistados)