O NAM (Multipropósito Atlântico), da Marinha do Brasil, que está ancorado no bairro Juquehy, em São Sebastião (Litoral Norte de São Paulo), retorna à sua base, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (10). O Hospital de Campanha permanece montado.
Após 18 dias da tragédia provocada pelas fortes chuvas, a cidade superou a fase grave, motivo pelo qual a embarcação, cerca de mil fuzileiros navais, médicos e aeronaves podem partir.
Durante o período mais crítico, o NAM disponibilizou hospital de campanha com 200 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e médicos de várias especialidades, como ortopedista, cirurgião geral, anestesista, cirurgião dentista, farmacêutico, além de clínico geral e profissionais de enfermagem e saúde bucal. O Exército também desmonta sua base na cidade e manterá, apenas, as equipes que agora trabalham nas áreas dos dutos da Petrobras para a limpeza da lama que desbarrancou.
O comandante do Exército, general Rodrigo Ferraz Silva, da 12ª Brigada de Infantaria-Aero móvel, que desde 19 de fevereiro esteve à frente do Gabinete de Gerenciamento de Crise, explicou que a desmobilização das frotas é comum quando a fase mais crítica é contornada.
Na fase atual, equipes das Defesas Civis do estado e da Prefeitura de São Sebastião, CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Sehab (Assistência Social do Estado e secretarias municipais de Habitação e Regularização Fundiária) e Sedes (Desenvolvimento Econômico e Social) atuam na identificação e cadastro das vítimas que perderam suas moradias.
O Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, comandante da 1ª Divisão da Esquadra da Marinha do Brasil, explicou que, embora o navio siga para o Rio de Janeiro, o Hospital de Campanha continua montado em Juquehy para atender a população. Segundo ele, já houve redução na procura da unidade e a fila por urologista quase zerou. “Chamou-nos a atenção o número de pessoas que procuraram o profissional e hoje já não temos essa necessidade”, afirmou.