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Brasil

Alimento e energia mais caros fazem inflação para pobres ser o triplo da dos ricos, diz Ipea.

Em outubro, indicador acelerou para 0,75% para o segmento de renda muito baixa; para os mais ricos, elevação foi de 0,27%.

Publicada em 12/11/24 às 17:50h - 47 visualizações

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Alimento e energia mais caros fazem inflação para pobres ser o triplo da dos ricos, diz Ipea.
 (Foto: RADIO WEB NEW VALE)
As altas nos preços dos alimentos e da energia elétrica em outubro pressionaram mais o orçamento das famílias de baixa renda, enquanto as quedas nas tarifas aéreas e nos combustíveis aliviaram os mais ricos, informou nesta terça-feira (12) o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). No mês, a inflação percebida pelos mais pobres foi quase o triplo da sentida pelos mais ricos.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação acelerou de um aumento de 0,58% em setembro para uma alta de 0,75% em outubro para o segmento familiar de renda muito baixa. Para o grupo de renda alta houve desaceleração, de uma elevação de 0,33% em setembro para 0,27% em outubro.

“No caso das famílias de renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de 0,58% em setembro para 0,75% em outubro, refletindo, sobretudo, as altas dos alimentos no domicílio e das tarifas de energia elétrica. Já para as famílias de renda alta, além do impacto proporcionalmente menor vindo dos reajustes dos alimentos e da energia, a queda nos preços das passagens aéreas (-11,5%) e dos combustíveis (-0,17%) explicam esta pressão menos intensa da inflação em outubro”, ressaltou Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, na Carta de Conjuntura divulgada pelo instituto.

Com o resultado de outubro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,44% na faixa de renda alta e de 4,99% na faixa de renda muito baixa.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, acelerou de uma elevação de 0,44% em setembro para alta de 0,56% em outubro. 

A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,76% em outubro.

O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar menor que R$ 2.105,99 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 21.059,92, no caso da renda mais alta.




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