Segundo a agência reguladora, os fatores que acionaram a bandeira vermelha foram: o GSF (risco hidrológico); o aumento do PDL (Preço de Liquidação de Diferenças), que é o preço de referência da energia.
A Aneel diz que esses indicadores foram influenciados pelas previsões de um menor volume de água chegando nos reservatórios das hidrelétricas, por causa da falta de chuvas. Isso provoca a elevação do preço do mercado de energia ao longo do mês de outubro, uma vez que será necessária maior geração de termelétricas.
Desde fevereiro o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) vinha alertando para a projeção de baixa vazão das usinas para o período seco neste ano. Em agosto, sugeriu ao governo medidas para garantir o suprimento elétrico em horários de pico de demanda (como no final da tarde), como a expansão da geração térmica em outubro e novembro, meses de final do período seco.
Neste mês, o ONS antecipou a entrada de operação da Termopernambuco, da Neoenergia. A usina foi contratada em 2021 e só entraria em operação em 2026. Como já está pronta, será usada para garantir o suprimento elétrica no país no horários de pico em outubro e novembro. Cada bandeira é acionada conforme o cenário energético, que varia de favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 2), quando a cobrança extra é maior. Eis os valores adicionais em cada patamar.
Segundo a Aneel, com o acionamento da bandeira vermelha, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica deve ser fundamental. “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, afirmou.