Trabalhadores da Avibras empresa bélica em Jacareí, no interior de São Paulo rejeitaram, na manhã desta quarta-feira (18), uma proposta da empresa a abertura de uma nova suspensão temporária dos contratos de trabalho, o chamado layoff. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a decisão foi tomada por unanimidade durante uma assembleia realizada nesta terça-feira (17).
A proposta da empresa era colocar 550 funcionários em layoff durante um período de 90 dias. Até o momento, segundo o sindicato, já foram abertos seis programas de layoff na unidade.
A expectativa é que a Avibras e os funcionários se reúnam novamente na próxima terça-feira (24).
A Avibras está em recuperação judicial desde 2022 e os funcionários estão em greve há exatamente dois anos. Eles estão sem receber salários há 17 meses, de acordo com o sindicato.
A empresa
Maior indústria bélica do país, a Avibras Aeroespacial foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP).
É uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial e desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil. A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares.
A empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo.
A Avibras está presente no mercado nacional e internacional. Desenvolve diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira, além de produzir sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) - o Falcão.